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Mostrando postagens de julho, 2010

SANT'ANNA

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O sino toca! É tempo de se reunir... Vizinhos zelosos, Ecoam seus cânticos no ar. Narram fábulas portuguesas Trazidas por Ana Iliel, Como passos herdados pela fé A propagar a graça de Sant’ Anna! Avó de Jesus Cristo, Concebida por “Deus” nosso pai Ao dar à luz a virgem Maria... Hoje é comemorado O dia desta Padroeira Das genitoras e das ancestres Nesta nova terra. Homens ilustres Edificaram sua capela, Através das mãos calejadas E, perante este ato abençoado Hoje também são lembrados! Em diversos lugares... Todavia, a estação das flores Abriu alas ao outono. Contudo, presenciamos As intempéries do inverno... Mas, os corações presentes Somados as mãos dadas Aquecem, unem e fortalecem Suas sementes, Deixadas pelo caminho das pedras Que hoje não existe mais. O barro preto do progresso Encobre as marcas de carroças, Boiadas e campeiros, Que por aqui encontraram Abrigo e respeito, Nas moradas de Tigrinhos, Valentes, Eli

A águia, o lobo e o andarilho...

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Apossada pela poesia do vôo singular no céu azul, a águia pousou no alto da montanha e, desguarnecida por efeito do tênue raio de sol em seu semblante, fora atingida em cheio no coração, pela flecha do destino... Queda mortal no mundo dos homens! Desta, se fez lobo. Desde então, delineou suas quatro patas com tamanha sanha de procura, que todo o sentimento desapareceu. Todavia, voraz e cauteloso sentia-se único! Deslembrando por muitas vezes, que o novo trajeto, abriga o cárcere ardiloso da aleivosia... Num breve cochilo nas terras do amanhã, fora preso novamente pelo estratagema do acaso. Sem dó, nem piedade, a natureza solitária deflagrou sua maior fraqueza. Amputaram suas quatro patas então, e em troca deram duas pernas, condenando-o a vagar feito andarilho. Dia após dia, tornou-se sua meta de vivência sem orgulho, sem sentimento e sem questionamentos. Até o ato de sonhar fora extirpado! No entanto, numa soberba noite, sob o efeito do olhar nervoso da lua, o canto longínquo da alma

O RASGO

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Da coleção, "dando uma garibada" trago ao topo esta crônica. Boa leitura a todos... O poder da criação espalha uma fonte singular de inspiração em cada folha branca. São os rascunhos da alma sublime! Que escreve copiosamente, alimentada pelo espírito rompante do ser surrealista, o tal, artista peregrino da escrita. Portanto, poetar é essência e desejo de liberação da energia intrínseca, que detalha os suspiros mais secretos dessa etapa. Mas hoje foi diferente! Bem, diferente. O cansaço costumeiro de cada trecho percorrido pelos corredores do ambiente da dor (pronto socorro) deflagra a impotência e o inconformismo em cada semblante indulgente. Pessoas aflitas a procura da solução imediata! Quando isto ocorre, raciocínio algum, opera e, desta maneira minha visão testemunha a busca de respostas muitas vezes incompreensíveis, aos olhos, porém claras e marcantes, no coração. Toda essa carga ruim, apenas alimenta a indignação impotente, e nada mais

SÃO, MAS NÃO SALVO...

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Perdi a noção! Confesso que o mundo das palavras, Poluiu copiosamente O manancial inventivo Do meu íntimo... Achei estar remando, a favor da maré! Mas o curso vigoroso, Atingiu-me inesperadamente Demonstrando o devido cuidado Quando se entra no mundo alheio Do estilista literário, inquietante... Mau grado a visão esquerda, alertou. E perante a teimosia, A última frase lida, Perpetuou o sepultamento, da inspiração. Onde fui, parar? Aleluia! A voz despertou! Tenho fé, que sou eu. Ou, não!? Sim, sim, sou eu! Somente o escritor, replica outro escritor. Por quê? Pergaminhos milenares Remontam a batalha Do eu, contra ti Da leitura, versus a escrita Do natural, sobre o híbrido Do poeta, A favor da sã e nostálgica liberdade! Em, Sonhar... JRA (o poeta da verdade)