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Mostrando postagens de fevereiro, 2009

FALA DE DENTRO

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Vinte e cinco primaveras passaram Aflição causa corre-corre dos passos Alamedas a professar me deram Acanhando a existência como laços. O sentimento anda indigente A sensibilidade anda ardente O material anda... Hoje decidi a meu jeito errar Mais treze primaveras atravessei Um fruto surgiu daquilo que plantei. Aventurei Pelejei Desculpei Aborrecimento suportei. Alijado Amortizado Entendido Preço da decisão por cada ato cometido. Algum remorso? Viver é assim! Decisões e decepções Mais algumas primaveras passarão... JRA (o poeta da verdade).

Folha de Guiné

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Na porta de entrada a observar – após o levante de uma noite de descanso – aconchegado no tronco do limoeiro se encontra o pé de guiné. Tempos passados num conto de roda escutava atentamente a importância da planta a ter no terreno. A muda adquirida depois de muita procura demorou a se manifestar e crescer. Por quê? Hoje é jeitosa e o cheiro da folha é intenso. No momento que o invisível interfere o equilíbrio é no guiné que coleto com a mão direita três folhas e após mentalizar a necessidade de espantar o desequilíbrio jogo ao vento a folha que aos poucos murcha e seca lentamente consumida pela carga da iniqüidade que chegou ao lar. Na montagem das palavras do texto “Fortaleza” a citação da folha não há, mas a estrada que caminha o andarilho existe e hoje é coberta pelo barro preto do homem moderno. No dia abençoado que o caminho surgiu ante a poeira da estrada do passado, pedalei por quilômetros e após passar por três pontes avistei ao lado esquerdo da estrada uma casa de cor verde.

SAUDADE DE GURI

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O par de joão-de-barro Canta o alerta matinal O sol aquece pouco a pouco Estendesse a roupa no varal. No forno caseiro de cupim A lenha queima por inteiro Brasido espalhado no jardim Aguarda o manejar do sustento. Entra e sai dos afazeres É lembrado de momento Como letras soltas no tempo. A noite chega e a lua brilha E na brasa do fogão a lenha O guri a bulir noite adentra. JRA (o poeta da verdade).

A MESA E O BOLO

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O bolo foi dividido. Quem irá receber o maior pedaço? Depende da divisão, pois o individuo o fez de tamanhos iguais e escolher é uma questão de tempo até o ultimo pedaço ser ofertado na mesa dos convidados. Pedalando pela passada firme do pneu da minha magra no asfalto quente do meio-dia um pensamento surgiu e a pretensão de anotar foi travada por não ter a folha necessária para a ocasião.A consternação novamente tomou conta do ser e ao chegar ao destino do compromisso com o batente o momento passara, mas a idéia não. Naquele instante um bolo desmedido formou se na visão que tive de uma mesa da mesma magnitude ou até maior e os convidados se acumulavam numa dimensão que o olhar não conseguia mensurar.O que significava? Ao vestir o jaleco do esforço já no ambiente da dor um companheiro mencionava um reclame a outrem. – Como é difícil manter duas atividades, ainda mais da maneira que está o clima aqui! A exaustão ira dominar e o desafio serão o compromisso na próxima jornada de afazeres.

AGONIA

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Prisão de quatro paredes Não deteve a revelia. Hoje voltei, Caminhei, Lembrei E rapidamente Senti o vento da liberdade! O preço foi alto. Custou tempo, Custou confiança, Custou amizade. Gritei, Urrei, Pisoteei. Mas por fim A agonia persiste. Então joguei fora A liberdade, A honestidade, A decência. E no regresso A existência mundana A penitência trouxe Prisão de quatro paredes. JRA (o poeta da verdade).

ABALO E FORÇA

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Palavra forte Autoridade Veracidade Probidade. Palavra abalada Desleal Superficial Irracional. Basta um baque de certeza Outra vez a crença acende O discurso alojado na idéia Do posseiro do verbete. Confiar? Acreditar? Alentar? Por um momento sim Por um pretexto não Por um amor... Cético segue o hoje E quando a palavra dita Entristecer lembre: Sentir é palavra agitada Sentir é palavra potente. Saiu num instante Traiu uma mente Golpeou um ente! JRA (o poeta da verdade).

UM MOMENTO DE DECISÃO!

O texto abaixo está no video "Momento Delicatta 4 " e traz a leitura no programa "Canal da Cidadania" apresentado pelo Dr. Rubens Corrêa. Este texto foi enviado para diversos amigos para direcionar a emoção da divulgação e também a angustia que antecedia os classificados para compor as páginas da "ANTOLOGIA DELICATTA III". Bom! O restante é a leitura , sejam bem vindos... Meus textos ha tempos se somam e desta forma sei que a cada palavra, uma participação surge para determinar a inspiração. Desde o principio de entrar ou não neste projeto, inúmeras duvidas cercaram o meu ser. A cada pessoa que faz parte do meu ciclo de amizades um conselho surgia e entrava no meu ouvido sem muita esperança. Como acreditar que a esperança de um sonho possa surgir diante de tantos dons? E assim segui só para dar o primeiro passo de confiança. Enviei dois trabalhos (textos) que trazem o passado pleno para construir a firmeza da sabedoria. Não tinha nenhuma certeza de alcança

SONO PROFUNDO

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Representação típica do dia a dia por diversas ruas e lugares. Mas uma questão forte ainda marca e a necessidade de mudar é ampla. De quem é a responsabilidade? Muitas “vozes” dizem do governo, das instituições filantrópicas. Será? Vale ressaltar que o miúdo – aparentando ser menor de idade – foi gerado de mãe e pai. Onde estão ?Ninguém sabe e o ciclo do seu sono profundo hoje é este jardim. Dias destes assistindo um filme “O todo poderoso 2” uma mensagem marcou o enredo diante do ato de mudar o mundo. É muito complexo o todo e por mais marcante que seja o filme o descaso continua. É fato que o desequilíbrio no lar demonstra o quanto ainda continuamos num sono profundo a viver dentro do nosso jardim e cada um por si da maneira que a foto traz. É um jardim particular. Mas o infante está a repousar provisoriamente, tentando esquecer as dificuldades. Que horas irá acordar? No momento que as necessidades do corpo despertar o ser. Sua caminhada será dolorida na busca de alimento. O

TOCÁVEL

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A terra se foi. Na verdade quem foi é o gramado e todo um jardim histórico diante do manuseio dos tratores a fuçar e consolidar as mudanças. Ninguém ousava prever este momento. Até mesmo os diz-que-diz-que dos corredores apenas firmavam comentários triviais porque para o detentor da força da instituição o jardim era intocável. Mas quem pode afirmar que na terra do amanhã existe algo intocável? Ainda mais quando o assunto é “interesse”. O barulho começou cedo. Operários, técnicos, engenheiros e toda uma casta de entendidos fuçam sem parar para adequar o projeto. Ali – além do quero-quero companheiro de longa data – tem um pinheiro, um pé de butiá e outras arvores que se misturam ao gramado que hoje é provisório . Quem diria! Gramado provisório!Mas o quero-quero, o pinheiro e o pé de butiá não são provisórios! O que irá acontecer? Perguntar pra que! Irão sair dali! Afinal de contas, não estão inclusos no projeto! Algo que passou anos e mais anos zelado, tratado e não observado pela leva